segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

5 sinais de um líder ruim


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
09/12//2012


Em recente artigo da revista Information Week, a temática do líder problemático foi explorada a partir de depoimentos de Ronald Riggio, professor de psicologia organizacional e liderança no Claremont McKenna College, na Califórnia. Embora o texto tenha focado na liderança de departamentos de TI (Tecnologia da Informação), as suas interessantes considerações podem ser aplicadas a quaisquer lideranças. Vamos, então, às 5 maneiras que Riggio aponta para identificar um chefe ruim:
1. Uma insaciável sede de poder
“O poder se torna inebriante, porque todos os súditos estão fazendo o que você quer fazer e isso é muito viciante”, diz Riggio. “O verdadeiro problema, porém, é que os líderes que abusam de seu poder não estão desenvolvendo as pessoas para colaborar com eles, mas sim para obedecê-los." O que é pior, adverte Riggio, é que os líderes que ficam bêbados com o poder muitas vezes começam a acreditar que as regras não se aplicam a eles e que eles estão de alguma forma acima da lei.
2. Punição acima da positividade
Ao invés de capacitar os membros da equipe e fomentar a confiança, sugere Riggio, líderes ruins controlam seus adeptos utilizando medo e punição. Ao exigir a obediência completa e punir profissionais que questionam decisões, um chefe ruim cria um ambiente desprovido de inovação e colaboração. “A estratégia de gestão punitiva é realmente terrível, porque os líderes acabam gastando todo o seu tempo à procura de erros ou de pessoas que estão fora da linha e caindo sobre eles”, diz Riggio.
3. Falha de comunicação
A ausência de comunicação com os colegas é um sinal chave de um mau líder, de acordo com Riggio. “O maior problema com os líderes pobres é a tendência de má comunicação”, diz ele. “[Pobres] líderes acreditam que os seguidores não querem saber ou não precisam de certas informações”.
4. Um ego em overdrive
Um líder com um ego fora de controle é uma coisa perigosa. “Narcisismo extremo é realmente problemático”, adverte Riggio. “Quando a autoconfiança torna-se narcisismo, o líder se torna tóxico”. Os líderes precisam ter uma certa humildade para reconhecer as responsabilidades que vêm junto com a liderança e precisam entender que é um privilégio cuidar dos interesses de uma equipe e organização".
5. Sobrecarga de paixão
Tal qual a autoconfiança, a paixão é uma característica poderosa de um bom líder, mas os líderes não devem permitir que sua paixão pela gestão ou pela tecnologia substitua a sua compaixão pelas pessoas. “Às vezes a paixão toma o lugar o senso de humanidade, especialmente se o foco é sempre na tecnologia, nas coisas, e não nas pessoas que estão criando as coisas”, conclui Riggio.


Para refletir: "Há sempre um momento no tempo em que uma porta se abre e deixa entrar o futuro." -- Graham Green


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A importância do investimento público


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
16/12//2012


Tive o privilégio de liderar a formulação da atual política de desenvolvimento econômico do governo de Sergipe e de conduzí-la nos primeiros quatro anos. Das suas três dimensões - atração do investimento privado, apoio às micro e pequenas empresas, e desenvolvimento científico e tecnológico -, a primeira foi a que teve seus êxitos mais visíveis e as razões são quase óbvias, sobretudo por conta da geração de milhares de empregos.
O fomento e a atração do investimento privado em um Estado como Sergipe requer um vasto conjunto de fatores e de instrumentos, dentre os quais se destacam a concessão de incentivos fiscais, o ambiente de negócios (aí incluída a confiabilidade e a postura ética dos agentes públicos), a disponibilidade de mão-de-obra e a infraestrutura produtiva.
A infraestrutura produtiva inclui meios de transporte (rodovias, ferrovias, aeroporto, porto etc), suprimento de água, energia elétrica e gás, e a oferta de adequadas áreas industriais, grande parte fruto do investimento público. Quanto melhor for essa infraestrutura, maior a competitividade do Estado, ou seja, sua capacidade de ganhar a acirrada disputa com outros Estados por novos empreendimentos.
O investimento público em infraestrutura produtiva, que vem sendo realizado por sucessivos governos ao longo das últimas décadas, tem sido um dos mais importantes diferenciais para o desenvolvimento industrial de Sergipe, mas a demanda por novos investimentos não para de crescer, o que é absolutamente natural. Novas estradas (às vezes pequenos trechos para interligar novas grandes indústrias a rodovias existentes) e a melhoria da infraestrutura e implantação de novos distritos industriais tornam-se essenciais, razão pela qual fazem parte do atual plano de investimentos do governo.
Essa mesma classe de investimento igualmente impacta outra indústria de grande significado para a economia sergipana, o Turismo, cuja política estadual conduzi no biênio 2009/2010, quando foram incorporadas à SEDETEC as funções da SETUR. Com a consolidação dos principais destinos turísticos (Xingó com a revitalização da Rota do Sertão, e litoral sul com as pontes Joel Silveira e Gilberto Amado), urge a abertura de uma nova fronteira, desta feita no litoral norte, cujo principal requisito é a construção da SE-100 Norte ligando Pirambu a Pacatuba.
Eis porque fui tomado de desagradável surpresa e profunda indignação quando vi o Proinveste (programa de empréstimos do governo federal para fomentar o investimento público nos Estados nesse momento de severas dificuldades financeiras), inacreditavelmente, não ter sua contratação autorizada pela Assembléia Legislativa. Dentre os muitos projetos do Proinveste, novas rodovias (inclusive a SE-100N) e melhorias em Distritos Industriais estavam contemplados, restando a conclusão de que, como consequência do ato dos deputados que votaram contra, a economia sergipana perderá competitividade, principalmente para os vizinhos Estados nordestinos.


Para refletir: Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela. -- Maquiavel

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domingo, 2 de dezembro de 2012

Atitude: é isso que o mercado espera de você


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
02/12//2012


A empresa onde você trabalha pode (e deve) ser vista como uma extensão da sua casa e da sua família, afinal de contas por volta de 50% de todo o tempo da sua existência é ali desprendido. Vista como uma segunda casa (e uma segunda família), a empresa precisa ser tratada com carinho, atenção e zelo, como o ente que lhe garante o sustento e que lhe proporciona realização e prosperidade.
Infelizmente alguns não tratam assim o seu trabalho, limitando-se a "cumprir tabela", sem entusiasmo, sem estabelecer um vínculo afetivo e sem despertar o senso de pertencimento. Desses, uma parte vai além, nutrindo sentimentos negativos com relação à empresa e desenvolvendo o péssimo hábito de reclamar, manifestando suas insatisfações nos corredores e nas conversas de grupo, às vezes contaminando os colegas mais influenciáveis. A esses, recomendo o seguinte: faça uma análise honesta para descobrir se o problema está em você, ou seja, se a empresa tem feito a parte dela e você é que não consegue deixar de ser o chato do time. É fácil descobrir: se a maioria está satisfeita, não resta dúvida que você está equivocado. Se, por outro lado, ficar evidente que a empresa é a causa das insatisfações, suas e da maioria, não perca tempo: caia fora! Vá buscar novas oportunidades, que aliás nunca faltam para os verdadeiramente bons profissionais.
Sob outro ponto de vista, o mesmo problema requer atenção especial dos gestores para descobrir esses chatos reclamadores e agir: às vezes, raras, uma boa conversa pode fazê-los mudar de atitude; se não funcionar, mostre que a porta de saída é a serventia da casa e nunca esqueça de que ninguém é indispensável. Mesmo que venha a fazer falta em um primeiro momento, o ganho com a saída de um jogador que não tem compromisso com a vitória será sempre maior do que sua permanência em campo. Além do mais, o clima organizacional dos que ficam vai se tornar muito mais agradável.
Tenho visto casos de chatos que são tecnicamente competentes e que teriam uma promissora carreira pela frente, mas esse comportamento faz com que se inviabilizem. A competência, aliás, requer não apenas conhecimentos e escolaridade, mas sobretudo atitudes positivas e habilidades que, ao fim e ao cabo, produzam resultados palpáveis e mensuráveis.  Para que o essencial aconteça - a produção crescente de resultados - você precisará não somente ser parte importante da engrenagem da organização mas, e principalmente, sentir orgulho e amar a camisa que veste.


Para refletir: "Para as questões de estilo, nade seguindo a correnteza; nas questões de princípio, seja sólido como uma rocha." -- Thomas Jefferson

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Quem precisa falar inglês?


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
25/11/2012


Sem pestanejar, a melhor resposta para esta pergunta é: quase todo mundo. Pelas mais diferentes razões, o fato é que raras são as pessoas de países cuja língua não seja a inglesa, que não se beneficiariam de algum modo ao dominar o idioma mais importante do mundo contemporâneo.
No mercado de trabalho, dominar um segundo idioma é essencial e quem fala inglês ganha bem mais. É o que mostra uma pesquisa do Grupo Catho feita em todo o país, segundo a qual um profissional com cargo executivo numa corporação e que tem a fluência em inglês pode ganhar até 50% a mais que uma pessoa que exerce a mesma função, mas que não fala o idioma fluentemente. Hoje em dia, falar inglês já não é mais um diferencial profissional, mas um pré-requisito para quem busca as melhores vagas no mercado de trabalho e pensa em crescer profissionalmente.
Mas no quesito fluência no idioma inglês a realidade do nosso país é decepcionante. Os brasileiros apresentam um dos piores desempenhos do mundo ao se comunicar em inglês. De acordo com o EF English Proficiency Index (EF EPI) de 2012, o país está na 46ª posição em um ranking que considera 54 países. Cerca de 1,7 milhão de pessoas foram testadas, 130 mil das quais no Brasil. Os suecos são os mais fluentes em inglês, seguidos pela Dinamarca, Holanda, Finlândia, Noruega, Bélgica, Áustria, Hungria, Alemanha, Polônia e República Checa que também dominam o topo do ranking, todos com "proficiência muito alta" ou "alta" em inglês.
A América Latina tem um desempenho baixo, e o Brasil fica atrás de Argentina (o melhor colocado na região, único com "proficiência moderada" no continente, e em 20º lugar no ranking geral), Uruguai, Peru, Costa Rica, México, Chile, Venezuela, El Salvador e Equador. O relatório do EF EPI ressalta que o chamado analfabetismo funcional – ou seja, a incapacidade de pessoas alfabetizadas entenderem o que está escrito – tem grande influência na posição do Brasil, e constitui-se em um limitador para o aprendizado de línguas, o que explicaria a "proficiência muito baixa".
O inglês é a língua do mundo globalizado, da Internet e das redes sociais, que viabiliza a comunicação com pessoas de outros países e proporciona maior acesso à cultura e ao lazer. Aprender inglês descortina uma imensa gama de oportunidades, experiências e conhecimentos inacessíveis para quem não domina esse idioma.
Se você, caro leitor, ainda não fala inglês, nunca é tarde para começar. Saiba que esse aprendizado depende de um esforço pessoal, mas é uma experiência gratificante e que pode ser prazerosa quando se utiliza um método que seja motivador, dinâmico e focado nas habilidades de comunicação. Seja criterioso na escolha do curso, não aceite turmas com mais de 10 alunos, nem com grandes diferenças de faixas etárias e matricule-se imediatamente!


Para refletir: "Não há nada mais difícil ou perigoso do que tomar a frente na introdução de uma mudança." -- Maquiavel

Para visitar: www.ef.com.br/epi/

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