Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
09/12//2012
Em recente artigo da revista
Information Week, a temática do líder problemático foi explorada a partir de
depoimentos de Ronald Riggio, professor de psicologia organizacional e
liderança no Claremont McKenna College, na Califórnia. Embora o texto tenha focado
na liderança de departamentos de TI (Tecnologia da Informação), as suas
interessantes considerações podem ser aplicadas a quaisquer lideranças. Vamos,
então, às 5 maneiras que Riggio aponta para identificar um chefe ruim:
1. Uma
insaciável sede de poder
“O poder se torna inebriante, porque todos os súditos estão fazendo o
que você quer fazer e isso é muito viciante”, diz Riggio. “O verdadeiro
problema, porém, é que os líderes que abusam de seu poder não estão
desenvolvendo as pessoas para colaborar com eles, mas sim para obedecê-los."
O que é pior, adverte Riggio, é que os líderes que ficam bêbados com o poder
muitas vezes começam a acreditar que as regras não se aplicam a eles e que eles
estão de alguma forma acima da lei.
2. Punição
acima da positividade
Ao invés de capacitar os membros da equipe e fomentar a confiança,
sugere Riggio, líderes ruins controlam seus adeptos utilizando medo e punição.
Ao exigir a obediência completa e punir profissionais que questionam decisões,
um chefe ruim cria um ambiente desprovido de inovação e colaboração. “A
estratégia de gestão punitiva é realmente terrível, porque os líderes acabam
gastando todo o seu tempo à procura de erros ou de pessoas que estão fora da
linha e caindo sobre eles”, diz Riggio.
3. Falha de
comunicação
A ausência de comunicação com os colegas é um sinal chave de um mau
líder, de acordo com Riggio. “O maior problema com os líderes pobres é a
tendência de má comunicação”, diz ele. “[Pobres] líderes acreditam que os
seguidores não querem saber ou não precisam de certas informações”.
4. Um ego em overdrive
Um líder com um ego fora de controle é uma coisa perigosa. “Narcisismo
extremo é realmente problemático”, adverte Riggio. “Quando a autoconfiança
torna-se narcisismo, o líder se torna tóxico”. Os líderes precisam ter uma
certa humildade para reconhecer as responsabilidades que vêm junto com a
liderança e precisam entender que é um privilégio cuidar dos interesses de uma
equipe e organização".
5. Sobrecarga
de paixão
Tal qual a autoconfiança, a paixão é uma característica poderosa de um
bom líder, mas os líderes não devem permitir que sua paixão pela gestão ou pela
tecnologia substitua a sua compaixão pelas pessoas. “Às vezes a paixão toma o
lugar o senso de humanidade, especialmente se o foco é sempre na tecnologia, nas
coisas, e não nas pessoas que estão criando as coisas”, conclui Riggio.
Para refletir: "Há sempre um momento no tempo em que uma porta se abre e deixa
entrar o futuro." -- Graham Green
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Twitter: @jsantana61
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