domingo, 1 de julho de 2012

Administração do tempo


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
24/06/2012

            Um dos maiores desafios de qualquer profissional, sobretudo daqueles que gerenciam um negócio, é administrar o tempo diante do turbilhão de atividades com as quais é obrigado a se envolver e dar conta. Isso tem se agravado - paradoxalmente - com os avanços tecnológicos que proporcionam conectividade plena em regime 24 x 7, tornando-nos recursos on line acessíveis a qualquer momento, ou seja, trabalhando muito mais do que se supunha há algumas poucas décadas.
            São inúmeras os estudiosos que nos apresentam as mais diversas técnicas de gerenciamento do tempo, quase sempre úteis e melhores do que não adotar método algum. Dentre tantos, destaca-se Stephen Covey, o guru americano autor do best-seller "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes". Covey propõe classificar as atividades do dia a dia em urgentes e importantes e distribuí-las em quadrantes a partir do cruzamento de dois eixos: o da importância e o da urgência.
            A lógica dos quadrantes de Covey é simples e intuitiva, começando pela distinção entre importância e urgência. A partir daí, deve-se priorizar aquilo que é importante e urgente (crises, problemas inadiáveis, projetos com data marcada, reuniões), e em seguida o que é importante mesmo não sendo urgente (ações preventivas, criatividade, aprendizado, pesquisa, lazer). O que for urgente, embora não importante (interrupções, telefonemas, correspondências) vem em terceiro lugar e, obviamente, o que não é importante e nem urgente deve merecer menor atenção e alocação de tempo (detalhes, pequenas tarefas, perda de tempo, redes sociais).
            Ocorre que normalmente dedicamos quase 100% do nosso tempo às atividades urgentes - importantes ou não -, que tendem a se avolumar justamente porque algumas tarefas importantes, mas não urgentes, deixam de ser feitas (são elas que irão atacar problemas que minimizarão as urgentes).
            Covey faz uma analogia interessante quando ensina a distribuir as atividades no tempo: os compromissos importantes são como pedras grandes e os urgentes como pedras pequenas, e você precisa colocar todas em um mesmo recipiente (a sua agenda). Se colocar primeiro as pequenas, simplesmente não vai restar espaço para as grandes, que sobrarão todas; mas se fizer o contrário, irá conseguir acomodar ambas e a sobra será das menores.
            O mesmo autor também chama a atenção para um aspecto significativo: a identificação de todos os seus papéis enquanto indivíduo e a alocação de tempo, semanalmente, para cada um desses papéis (profissional, pai/mãe, marido/mulher, membro de associação/igreja/clube etc). Sem esse cuidado, invariavelmente dedicamos quase todo o tempo à agenda profissional e nos tornamos negligentes nos demais papéis que a vida nos reserva.
            Existem várias outras dicas e técnicas que ajudam muito a disciplinar a alocação do tempo, esse que pode ser um aliado ou um adversário, portanto vale a pena ler livros e artigos sobre o tema. A propósito, é sempre bom lembrar que o tempo é uma das mais democrática riquezas: todos recebemos exatamente a mesma quantidade, muitos desperdiçam e alguns poucos tiram o melhor proveito.


Para refletir: Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino. (Stephen Covey).

Para ler: Está sem tempo?, artigo de Mauro Silveira, em http://migre.me/9xVv3


Twitter: @jsantana61

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