Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
24/06/2012
Um
dos maiores desafios de qualquer profissional, sobretudo daqueles que gerenciam
um negócio, é administrar o tempo diante do turbilhão de atividades com as
quais é obrigado a se envolver e dar conta. Isso tem se agravado -
paradoxalmente - com os avanços tecnológicos que proporcionam conectividade
plena em regime 24 x 7, tornando-nos recursos on line acessíveis a qualquer momento, ou seja, trabalhando muito
mais do que se supunha há algumas poucas décadas.
São
inúmeras os estudiosos que nos apresentam as mais diversas técnicas de
gerenciamento do tempo, quase sempre úteis e melhores do que não adotar método
algum. Dentre tantos, destaca-se Stephen Covey, o guru americano autor do
best-seller "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes". Covey propõe
classificar as atividades do dia a dia em urgentes e importantes e
distribuí-las em quadrantes a partir do cruzamento de dois eixos: o da
importância e o da urgência.
A
lógica dos quadrantes de Covey é simples e intuitiva, começando pela distinção
entre importância e urgência. A partir daí, deve-se priorizar aquilo que é
importante e urgente (crises, problemas inadiáveis, projetos com data marcada,
reuniões), e em seguida o que é importante mesmo não sendo urgente (ações
preventivas, criatividade, aprendizado, pesquisa, lazer). O que for urgente, embora
não importante (interrupções, telefonemas, correspondências) vem em terceiro
lugar e, obviamente, o que não é importante e nem urgente deve merecer menor
atenção e alocação de tempo (detalhes, pequenas tarefas, perda de tempo, redes
sociais).
Ocorre
que normalmente dedicamos quase 100% do nosso tempo às atividades urgentes -
importantes ou não -, que tendem a se avolumar justamente porque algumas tarefas
importantes, mas não urgentes, deixam de ser feitas (são elas que irão atacar
problemas que minimizarão as urgentes).
Covey
faz uma analogia interessante quando ensina a distribuir as atividades no
tempo: os compromissos importantes são como pedras grandes e os urgentes como
pedras pequenas, e você precisa colocar todas em um mesmo recipiente (a sua
agenda). Se colocar primeiro as pequenas, simplesmente não vai restar espaço
para as grandes, que sobrarão todas; mas se fizer o contrário, irá conseguir
acomodar ambas e a sobra será das menores.
O
mesmo autor também chama a atenção para um aspecto significativo: a
identificação de todos os seus papéis enquanto indivíduo e a alocação de tempo,
semanalmente, para cada um desses papéis (profissional, pai/mãe, marido/mulher,
membro de associação/igreja/clube etc). Sem esse cuidado, invariavelmente
dedicamos quase todo o tempo à agenda profissional e nos tornamos negligentes
nos demais papéis que a vida nos reserva.
Existem
várias outras dicas e técnicas que ajudam muito a disciplinar a alocação do
tempo, esse que pode ser um aliado ou um adversário, portanto vale a pena ler
livros e artigos sobre o tema. A propósito, é sempre bom lembrar que o tempo é
uma das mais democrática riquezas: todos recebemos exatamente a mesma
quantidade, muitos desperdiçam e alguns poucos tiram o melhor proveito.
Para refletir: Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um
hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um
destino. (Stephen Covey).
Para ler: Está sem
tempo?, artigo de Mauro Silveira, em http://migre.me/9xVv3
Twitter: @jsantana61
Nenhum comentário:
Postar um comentário