Jornal da Cidade
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23/12//2012
Valho-me dos versos do mineiro Beto Guedes, que embalaram minha juventude engajada à esquerda, para retomar a
temática da liderança, ciente de que a recorrência do tema se justifica pela
sua importância. Liderar é uma arte peculiar: suas elementares lições são
facílimas de compreender, mas dificílimas de colocar em prática. Vejamos
algumas das mais importantes:
1. Liderar é servir. Essa
abordagem, consagrada por James Hunter em seu best-seller "O monge e o
executivo" é uma das mais difíceis de exercitar porque requer reprogramar
nossa mente, cuja tendência é ver o liderado como um subordinado que existe
para nos servir. Por trás desse aparente paradoxo, reside uma das mais eficazes
estratégias de liderança, capaz de operar enormes transformações na complexa
relação do líder com o liderado.
2. Elogiar mais, criticar menos.
Outro grande desafio. Impacientes, intolerantes e autoritários, os líderes
adoram criticar, repreender, humilhar, quase sempre em público. Elogiar, ao
contrário, é exercício raro, praticado com parcimônia.
3. Ser acessível. Isso
significa manter a porta da sala aberta, circular no "chão de
fábrica", conversar com os liderados, ouvi-los, estabelecer canais para
que ofereçam críticas e sugestões. Fazendo isso, o líder vai se deparar com uma
desconcertante descoberta: não raras vezes um humilde liderado pode oferecer
inestimável contribuição, até em questões estratégicas. O problema é abrir mão
da comodidade de permanecer em seu pedestal, inacessível, ouvindo apenas os
relatos (parciais) que seu primeiro escalão relata.
4. Encorajar, reconhecer,
recompensar.
Uma palavra de encorajamento vinda do líder tem efeito mágico na mente e no coração
do liderado, fazendo-o empenhar-se com maior vigor para o atingimento das suas
metas. Quando atingidas, o líder deve sempre reconhecer (de preferência
publicamente) e recompensar (as recompensas devem ser imediatas e vinculadas a
objetivos exequíveis).
5. Humildade, compaixão, sensibilidade. A humildade é a maior de todas
as virtudes, aquela capaz de despertar profunda admiração, embora pouco frequente
nos líderes. Normalmente a pessoa humilde costuma sentir compaixão decorrente
de notável sensibilidade, revelando uma percepção aguçada da natureza humana que
faz com que enxergue o ser humano por trás do "recurso humano".
Por fim, faço uma confidência: leio e escrevo muito sobre essas coisas
na insistente tentativa de aprender a praticá-las. Eis porque, caro leitor,
devemos perseverar no aprendizado de lições tão singelas mas que, postas em
prática, são capazes de transformar radicalmente o ambiente que esteja sob
nossa liderança.
Para refletir: "Ninguém é suficientemente
sábio sozinho." -- Tito Plautus
Para visitar: www.ibccoaching.com.br
Twitter: @jsantana61
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