Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
16/12//2012
Tive o
privilégio de liderar a formulação da atual política de desenvolvimento
econômico do governo de Sergipe e de conduzí-la nos primeiros quatro anos. Das
suas três dimensões - atração do investimento privado, apoio às micro e
pequenas empresas, e desenvolvimento científico e tecnológico -, a primeira foi
a que teve seus êxitos mais visíveis e as razões são quase óbvias, sobretudo
por conta da geração de milhares de empregos.
O fomento e a atração do
investimento privado em um Estado como Sergipe requer um vasto conjunto de
fatores e de instrumentos, dentre os quais se destacam a concessão de
incentivos fiscais, o ambiente de negócios (aí incluída a confiabilidade e a
postura ética dos agentes públicos), a disponibilidade de mão-de-obra e a
infraestrutura produtiva.
A infraestrutura produtiva
inclui meios de transporte (rodovias, ferrovias, aeroporto, porto etc),
suprimento de água, energia elétrica e gás, e a oferta de adequadas áreas
industriais, grande parte fruto do investimento público. Quanto melhor for essa
infraestrutura, maior a competitividade do Estado, ou seja, sua capacidade de
ganhar a acirrada disputa com outros Estados por novos empreendimentos.
O investimento público em
infraestrutura produtiva, que vem sendo realizado por sucessivos governos ao
longo das últimas décadas, tem sido um dos mais importantes diferenciais para o
desenvolvimento industrial de Sergipe, mas a demanda por novos investimentos
não para de crescer, o que é absolutamente natural. Novas estradas (às vezes
pequenos trechos para interligar novas grandes indústrias a rodovias existentes)
e a melhoria da infraestrutura e implantação de novos distritos industriais
tornam-se essenciais, razão pela qual fazem parte do atual plano de
investimentos do governo.
Essa mesma classe de
investimento igualmente impacta outra indústria de grande significado para a
economia sergipana, o Turismo, cuja política estadual conduzi no biênio
2009/2010, quando foram incorporadas à SEDETEC as funções da SETUR. Com a
consolidação dos principais destinos turísticos (Xingó com a revitalização da
Rota do Sertão, e litoral sul com as pontes Joel Silveira e Gilberto Amado),
urge a abertura de uma nova fronteira, desta feita no litoral norte, cujo
principal requisito é a construção da SE-100 Norte ligando Pirambu a Pacatuba.
Eis porque fui tomado de
desagradável surpresa e profunda indignação quando vi o Proinveste (programa de
empréstimos do governo federal para fomentar o investimento público nos Estados
nesse momento de severas dificuldades financeiras), inacreditavelmente, não ter
sua contratação autorizada pela Assembléia Legislativa. Dentre os muitos
projetos do Proinveste, novas rodovias (inclusive a SE-100N) e melhorias em
Distritos Industriais estavam contemplados, restando a conclusão de que, como
consequência do ato dos deputados que votaram contra, a economia sergipana
perderá competitividade, principalmente para os vizinhos Estados nordestinos.
Para
refletir: Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade
presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela. --
Maquiavel
Para visitar: www.bndes.gov.br
Twitter: @jsantana61
Eu diria que a Se100N além de proporcionar o desenvolvimento econômico do Estado, também consolidaria a ponte da barra como uma das principais saídas da cidade, desafogando o trânsito na única saída viável pra que tem como destino a região Norte do nosso Estado. Melhoraria muito o trânsito nas BR e diminuiria o número elevado de acidentes em nossas estradas.
ResponderExcluirParabéns!