Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
10/02//2013
Tem sido comum nos últimos anos ouvirmos
falar em companhias ou empresas startups, geralmente associadas a negócios
relacionados com software e Internet. Mas o que define uma empresa startup, que
em português pode ser traduzido como empresa nascente?
Na verdade nem
toda empresa nascente é uma startup. Uma startup é uma empresa nova, até mesmo
embrionária ou ainda em fase de constituição, que conta com projetos
promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias
inovadoras. Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra
característica das startups é possuir risco envolvido no negócio. Mas, apesar
disso, são empreendimentos com baixos custos iniciais e altamente escaláveis,
ou seja, possuem uma expectativa de crescimento muito grande, quando dão certo,
porque uma outra marca das startups é o elevado índice de fracassos. Em outras
palavras, uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios
repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.
Segundo Yuri Gitahy, investidor-anjo,
conselheiro de empresas de tecnologia e fundador da Aceleradora, que apoia
startups com gestão e capital semente, é justamente por esse ambiente de
incerteza (até que o modelo seja encontrado) que tanto se fala em investimento
para startups - sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca pelo
modelo de negócios enquanto não existe receita. Após a comprovação de que ele
existe e a receita começar a crescer, provavelmente será necessária uma nova
leva de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável.
Quando se torna escalável, a startup deixa de existir e dá lugar a uma empresa
altamente lucrativa. Caso contrário, ela precisa se reinventar - ou enfrenta a
ameaça de morrer prematuramente.
Questionado se
startups são somente empresas de Internet, Gitahy responde que não
necessariamente. Elas só são mais frequentes na Internet porque é bem mais
barato criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou
biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil,
rápida e barata - além da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de
pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup - desde que
ela comprove um negócio repetível e escalável.
Google, Apple e
Flickr são exemplos de startups de sucesso mundial.
Empresas como o site de comparação de preços Buscapé e o Peixe
Urbano, de compras coletivas, mostram que o conceito já chegou ao
Brasil. Quem quer colocar sua startup em prática com financiamento externo
pode contar com novas alternativas que surgiram no Brasil nos últimos
anos. Incubadoras de empresas, agências de fomento, como
FINEP, e investidores-anjos são fontes de apoio financeiro e
institucional.
Para
refletir:
A necessidade é a mãe da inovação.
(Platão).
Para visitar: www.abstartups.com.br
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