Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
22/07/2012
A
participação das empresas no processo eleitoral é uma contribuição
importantíssima para a consolidação da jovem democracia brasileira, devendo ser
norteada por valores como transparência, ética e repúdio à corrupção e ao abuso
do poder econômico. A omissão de muitos diante da oportunidade singular de
ajudar a eleger políticos decentes, e a contribuição financeira ilegal trocada
por ganhos futuros, são os dois extremos que garantem a eleição do mau político
e o favorecimento ao mau empresário.
Infelizmente,
a associação entre esses dois personagens nocivos à cidadania atinge seu
ápice no período eleitoral, com farto noticiário a registrar doações
originárias de "caixa dois", pagamentos de subornos e propinas,
operações fraudulentas e compromissos inconfessáveis celebrados em ambientes
pouco ventilados.
Sabemos
que a participação política deve ser encarada como uma das maiores
contribuições que um cidadão pode dar na luta incessante por uma sociedade mais
justa e democrática, enquanto o voto consciente é uma arma letal para
exterminar os políticos desonestos, oportunistas e carreiristas. Ocorre que a
corrupção eleitoral tem resistido e se afirmado como uma grave doença que
precisa ser dizimada sem dó nem piedade. Se de uma maneira geral são fortes os
indícios de que existe uma relação direta entre pobreza e corrupção, esta
encontra as condições favoráveis de perpetuação justamente nas
eleições. Estudo da FGV conclui que há uma relação inversamente proporcional
entre o grau de corrupção e o nível de crescimento econômico de um país. Mais
corrupção significa menos crescimento e menor bem-estar social.
A
contribuição financeira para campanhas eleitorais, obedecendo a lei, é uma
demonstração de responsabilidade social da empresa, daí a importância da
escolha criteriosa dos candidatos e partidos merecedores desse apoio. As
empresas que defendem valores éticos podem perder credibilidade ao financiarem
candidatos acusados de corrupção. E perder credibilidade muitas vezes significa
perder o respeito dos clientes, colaboradores e parceiros.
A
poucos meses de uma eleição que escolherá os administradores e os parlamentos
municipais, somos todos convocados, especialmente os empresários, a participar
decisivamente, inclusive contribuindo financeiramente, dentro dos limites
legais, para assegurar a eleição de homens e mulheres compromissados com os
interesses maiores da sociedade.
Para refletir: Vale mais fazer e arrepender-se, que não fazer e arrepender-se. ~ Maquiavel
Para ler: A responsabilidade social das empresas no processo eleitoral, Instituto
Ethos, versão pdf em http://migre.me/9Wf6q
Twitter: @jsantana61
Nenhum comentário:
Postar um comentário