Jornal da Cidade
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#Business
28/10/2012
Na primeira parte desse texto vimos o que é um Sistema de Gestão da
Qualidade, uma breve história da Gestão da Qualidade Total (GQT) e sua
importância para a competitividade e até para a sobrevivência das organizações,
enquanto poderosa ferramenta que possibilita a otimização de processos e a
melhoria contínua dos produtos e serviços fornecidos.
Certificar o Sistema de Gestão da
Qualidade garante uma série de benefícios à organização. Além do ganho de
visibilidade frente ao mercado, surge também a possibilidade de exportação para
mercados exigentes ou fornecimento para clientes que queiram comprovar a
capacidade que a organização tem de garantir a manutenção das características
de seus produtos.
A certificação de um Sistema de Gestão da Qualidade se dá através de
empresas de auditoria, reconhecidas e autorizadas, que validam se o sistema
está aderente a um determinado conjunto de normas. Em todo o mundo, as normas
mais adotadas são da série ISO 9000, da International Organization for
Standardization (www.iso.org), que se aplicam a organizações em geral, qualquer
que seja o seu tipo ou dimensão. Esta família de normas estabelece requisitos
que auxiliam a melhoria dos processos internos, a maior capacitação dos
colaboradores, o monitoramento do ambiente de trabalho, a verificação da
satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores, num processo contínuo de
melhoria do sistema de gestão da qualidade. Aplicam-se a campos tão distintos
quanto materiais, produtos, processos e serviços.
A versão atual da norma, ISO
9001:2008, foi aprovada no fim do ano de 2008. Uma organização deve seguir
alguns passos e atender a alguns requisitos para serem certificadas, dentre os
quais: padronização de todos os processos-chave da organização, processos que
afetam o produto e conseqüentemente o cliente; monitoramento e medição dos
processos de fabricação para assegurar a qualidade do produto/serviço, através
de indicadores de performance e desvios; implementar e manter os registros
adequados e necessários para garantir a rastreabilidade do processo; inspeção
de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário; e revisão
sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua eficácia.
As normas fixam diretrizes gerais,
mas não pretendem modelar ou engessar os sistemas de gestão da qualidade, que
devem ser elaborados a partir da realidade de cada organização, seja ela
pública, privada ou do terceiro setor. Para a construção do seu sistema, é
conveniente que a organização busque o apoio de uma consultoria especializada,
sabendo que será necessário desprender considerável esforço, sem falsas
expectativas de estar preparada para a certificação em menos de um ano a partir
do início da elaboração do sistema.
Obtida a certificação, é preciso
entender que o certificado não é um diploma a ser fixado na parede e um
instrumento de marketing a ser corretamente explorado, mas, antes de tudo, o
atestado de que existe um sistema de gestão da qualidade que precisa ser
seguido cotidianamente e que, como tal, trará benefícios permanentes para a
organização.
A disseminação da cultura da Gestão
da Qualidade Total tem contado com o apoio do Sebrae e de várias organizações,
como o Movimento Brasil Competitivo (www.mbc.org.br) e o Movimento Competitivo
Sergipe (www.mcs.org.br).
Para refletir: Aquele que fala irrefletidamente assemelha-se ao caçador que dispara
sem apontar. Montesquieu.
Para ler: Gestão da
Qualidade, diversos autores, Editora FGV.
Twitter: @jsantana61
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