domingo, 25 de novembro de 2012

Sistema de Gestão da Qualidade (II)


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
28/10/2012


Na primeira parte desse texto vimos o que é um Sistema de Gestão da Qualidade, uma breve história da Gestão da Qualidade Total (GQT) e sua importância para a competitividade e até para a sobrevivência das organizações, enquanto poderosa ferramenta que possibilita a otimização de processos e a melhoria contínua dos produtos e serviços fornecidos.
Certificar o Sistema de Gestão da Qualidade garante uma série de benefícios à organização. Além do ganho de visibilidade frente ao mercado, surge também a possibilidade de exportação para mercados exigentes ou fornecimento para clientes que queiram comprovar a capacidade que a organização tem de garantir a manutenção das características de seus produtos.
A certificação de um Sistema de Gestão da Qualidade se dá através de empresas de auditoria, reconhecidas e autorizadas, que validam se o sistema está aderente a um determinado conjunto de normas. Em todo o mundo, as normas mais adotadas são da série ISO 9000, da International Organization for Standardization (www.iso.org), que se aplicam a organizações em geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão. Esta família de normas estabelece requisitos que auxiliam a melhoria dos processos internos, a maior capacitação dos colaboradores, o monitoramento do ambiente de trabalho, a verificação da satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores, num processo contínuo de melhoria do sistema de gestão da qualidade. Aplicam-se a campos tão distintos quanto materiais, produtos, processos e serviços.
A versão atual da norma, ISO 9001:2008, foi aprovada no fim do ano de 2008. Uma organização deve seguir alguns passos e atender a alguns requisitos para serem certificadas, dentre os quais: padronização de todos os processos-chave da organização, processos que afetam o produto e conseqüentemente o cliente; monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios; implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a rastreabilidade do processo; inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário; e revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua eficácia.
As normas fixam diretrizes gerais, mas não pretendem modelar ou engessar os sistemas de gestão da qualidade, que devem ser elaborados a partir da realidade de cada organização, seja ela pública, privada ou do terceiro setor. Para a construção do seu sistema, é conveniente que a organização busque o apoio de uma consultoria especializada, sabendo que será necessário desprender considerável esforço, sem falsas expectativas de estar preparada para a certificação em menos de um ano a partir do início da elaboração do sistema.
Obtida a certificação, é preciso entender que o certificado não é um diploma a ser fixado na parede e um instrumento de marketing a ser corretamente explorado, mas, antes de tudo, o atestado de que existe um sistema de gestão da qualidade que precisa ser seguido cotidianamente e que, como tal, trará benefícios permanentes para a organização.
A disseminação da cultura da Gestão da Qualidade Total tem contado com o apoio do Sebrae e de várias organizações, como o Movimento Brasil Competitivo (www.mbc.org.br) e o Movimento Competitivo Sergipe (www.mcs.org.br).


Para refletir: Aquele que fala irrefletidamente assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar. Montesquieu.
Para ler: Gestão da Qualidade, diversos autores, Editora FGV.

Para visitar: www.msc.org.br

Twitter: @jsantana61

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