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18/11/2012
O consumo excessivo de bebidas
alcoólicas, e suas graves consequências, é tema recorrente que tem fomentado
polêmicas mundo afora. Há muito tem me chamado a atenção o rigor da legislação
federal dos EUA que trata da matéria e que proibe, dentre outras coisas: o
consumo de qualquer bebida alcoólica por menores de 21 anos; o consumo em
logradouros públicos; e o funcionamento de bares após 2h da madrugada.
É notável como a sociedade
norte-americana trata com naturalidade essas restrições. Nos bares e pubs,
normalmente após 21h, é comum os jovens serem obrigados a apresentar documento
de identidade na entrada para comprovar idade superior a 21 anos, mesmo que
tenha mais de 18 e que não vá consumir bebida alcoólica. As baladas costumam
começar cedo, atingindo o auge entre 23h e 1h, sendo absolutamente normal
policiais fardados circularem tranquilamente inspecionando o ambiente. Quando
chega 1h30, as luzes acendem, a música para e, pontualmente às 2h, o
estabelecimento é fechado e as pessoas costumam ir para suas casas. Perambular
pela rua? Não convém porque certamente a polícia vai abordar.
Maior rigor ainda é aplicado aos raros que teimam em beber e dirigir, considerada uma das mais graves infrações do trânsito. Se houver um acidente e for detectado que o motorista ingeriu álcool além dos limites estabelecidos em leis estaduais, as penalidades costumam ser severas. As restrições chegam ao ponto de ser proibida a venda de bebidas alcóolicas em estabelecimentos comerciais após as 22h.
Maior rigor ainda é aplicado aos raros que teimam em beber e dirigir, considerada uma das mais graves infrações do trânsito. Se houver um acidente e for detectado que o motorista ingeriu álcool além dos limites estabelecidos em leis estaduais, as penalidades costumam ser severas. As restrições chegam ao ponto de ser proibida a venda de bebidas alcóolicas em estabelecimentos comerciais após as 22h.
Conversei com cidadãos de lá e
para eles tudo isso é natural e correto. Chegando aqui, troquei idéias com um
amigo norte-americano que reside em Aracaju e, consequentemente, conhece a
liberalidade da legislação brasileira. Ele foi taxativo: atualmente o rigor da
legislação americana poderia até ser dispensável porque a sociedade já
incorporou e apóia incondicionalmente as limitações. Segundo ele, se um grupo
de jovens sai para a noite e um deles insiste em dirigir após beber, os demais
tentam impedir e, se não conseguirem, jamais aceitam a carona.
Opinando sobre o Brasil, ele acredita que o rigor adotado nos EUA caberia muito bem aqui, onde festas começam muito tarde da noite e varam a madrugada (idem quanto aos bares), com o consumo exagerado de bebidas, sobretudo por jovens com menos de 21 anos, contribuindo para elevar a níveis assustadores as estatísticas de acidentes graves, muitos deles fatais.
Opinando sobre o Brasil, ele acredita que o rigor adotado nos EUA caberia muito bem aqui, onde festas começam muito tarde da noite e varam a madrugada (idem quanto aos bares), com o consumo exagerado de bebidas, sobretudo por jovens com menos de 21 anos, contribuindo para elevar a níveis assustadores as estatísticas de acidentes graves, muitos deles fatais.
A conclusão a que chego é que
temos muito a aprender com outros países do mundo (vários deles, além dos EUA,
também possuem legislações muito restritivas quanto ao consumo de álcool),
inclusive nesse particular, onde a excessiva tolerância e permissividade têm
imposto um custo muito elevado para a sociedade.
Para refletir: Inquietação é a marca registrada da existência. -- Arthur
Schopenhauer.
Twitter: @jsantana61
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