domingo, 25 de novembro de 2012

Vale a pena contratar consultoria?


Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
30/09/2012


Muitas vezes, quando nos deparamos com certos tipos de problemas e depois de várias tentativas infrutíferas de resolvê-los, enfrentamos o dilema de buscar ou não ajuda externa através da contratação de uma consultoria especializada. A razão da dúvida reside no fato de que há consultorias e consultorias, ou seja, sempre sabemos (ou vivenciamos) de casos em que o consultor na verdade era um embromador que não resolveu o problema e ainda piorou as coisas.
O problema, portanto, não está nas bem vindas consultorias, mas na qualidade (ou falta de) do consultor. Independentemente do porte da organização, mesmo em se tratando de uma micro ou pequena empresa, são vários os momentos em que o empreendedor precisa de ajuda externa. Aliás, quase sempre os principiantes são os que mais precisam, embora a arrogante autosuficiência às vezes turva-lhes a visão.
A primeira consultoria que uma empresa nascente precisa é a de um bom contador, que cuide da contabilidade, é claro, mas sobretudo que oriente o empreendedor no árido terreno da estúpida burocracia e do anacrônico aparato legal (principalmente tributário e trabalhista), minimizando o inevitável risco de ser flagrado (e punido) por agir em desconformidade com alguma das milhares de leis, portarias, resoluções e o raio que o parta. Esse é o principal requisito que se espera de um contador: ser antes de tudo um diligente e competente conselheiro.
A depender da área de atuação da empresa, diferentes problemas surgem e, quando mais complexos, terminam por exigir a presença de um especialista. O primeiro sintoma de que essa presença tornou-se necessária é o agravamento do problema apesar das tentativas de solução. Tal qual uma pessoa doente, que não procura o médico para fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento correto, a empresa também pode morrer. O consultor de negócios, portanto, age como um médico da organização, sendo capaz de diagnosticar com precisão suas "doenças" e aplicar a terapia adequada.
Eis porque devemos ser muito criteriosos com a escolha, tal qual escolhemos um médico. Menos do que currículo, o mais importante requisito do consultor é o seu portifólio de trabalhos exitosos, que precisa ser validado através de contatos com quem o contratou antes. O bom consultor sabe fazer porque já fez outras vezes, isto é, tem experiência prática efetiva e isso normalmente requer muita quilometragem rodada. O problema é que o mercado está infestado de Rolando Lero, aquele sujeito que imposta a voz, fala como se soubesse alguma coisa e, ao espremer, não sai nada.
Ao longo dos quase 30 anos de atividade empresarial, passei por várias situações em que deixei de contratar consultoria e precisei gastar mais tempo e dinheiro para encontrar a saída sozinho. Na verdade, por muito tempo alimentei um preconceito contra os consultores e evitei-os deliberadamente. Ultimamente passei a agir de outro modo: para as mais diversas áreas da empresa tenho buscado bons consultores, reconhecidamente competentes e experientes, que têm ajudado muito a identificar problemas, melhorar processos, aumentar a produtividade etc. Mais uma lição que aprendi na vida e compartilho com os diletos leitores.


Para refletir: “A Liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas, se tiver de passar sem um, que seja a estratégia". Gen. Norman Schwarzkopf.

Para ler: Transformando suor em ouro, de Bernardinho.

Para visitar: www.fdc.org.br

Twitter: @jsantana61

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