Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
30/09/2012
Muitas vezes, quando nos deparamos
com certos tipos de problemas e depois de várias tentativas infrutíferas de
resolvê-los, enfrentamos o dilema de buscar ou não ajuda externa através da
contratação de uma consultoria especializada. A razão da dúvida reside no fato
de que há consultorias e consultorias, ou seja, sempre sabemos (ou vivenciamos)
de casos em que o consultor na verdade era um embromador que não resolveu o
problema e ainda piorou as coisas.
O problema, portanto, não está nas
bem vindas consultorias, mas na qualidade (ou falta de) do consultor.
Independentemente do porte da organização, mesmo em se tratando de uma micro ou
pequena empresa, são vários os momentos em que o empreendedor precisa de ajuda
externa. Aliás, quase sempre os principiantes são os que mais precisam, embora
a arrogante autosuficiência às vezes turva-lhes a visão.
A primeira consultoria que uma
empresa nascente precisa é a de um bom contador, que cuide da contabilidade, é
claro, mas sobretudo que oriente o empreendedor no árido terreno da estúpida
burocracia e do anacrônico aparato legal (principalmente tributário e
trabalhista), minimizando o inevitável risco de ser flagrado (e punido) por
agir em desconformidade com alguma das milhares de leis, portarias, resoluções
e o raio que o parta. Esse é o principal requisito que se espera de um
contador: ser antes de tudo um diligente e competente conselheiro.
A depender da área de atuação da
empresa, diferentes problemas surgem e, quando mais complexos, terminam por
exigir a presença de um especialista. O primeiro sintoma de que essa presença
tornou-se necessária é o agravamento do problema apesar das tentativas de
solução. Tal qual uma pessoa doente, que não procura o médico para fazer o
diagnóstico e prescrever o tratamento correto, a empresa também pode morrer. O
consultor de negócios, portanto, age como um médico da organização, sendo capaz
de diagnosticar com precisão suas "doenças" e aplicar a terapia
adequada.
Eis porque devemos ser muito
criteriosos com a escolha, tal qual escolhemos um médico. Menos do que
currículo, o mais importante requisito do consultor é o seu portifólio de
trabalhos exitosos, que precisa ser validado através de contatos com quem o
contratou antes. O bom consultor sabe fazer porque já fez outras vezes, isto é,
tem experiência prática efetiva e isso normalmente requer muita quilometragem
rodada. O problema é que o mercado está infestado de Rolando Lero, aquele
sujeito que imposta a voz, fala como se soubesse alguma coisa e, ao espremer,
não sai nada.
Ao longo dos quase 30 anos de
atividade empresarial, passei por várias situações em que deixei de contratar
consultoria e precisei gastar mais tempo e dinheiro para encontrar a saída
sozinho. Na verdade, por muito tempo alimentei um preconceito contra os
consultores e evitei-os deliberadamente. Ultimamente passei a agir de outro
modo: para as mais diversas áreas da empresa tenho buscado bons consultores,
reconhecidamente competentes e experientes, que têm ajudado muito a identificar
problemas, melhorar processos, aumentar a produtividade etc. Mais uma lição que
aprendi na vida e compartilho com os diletos leitores.
Para
refletir: “A Liderança é uma poderosa combinação de estratégia e
caráter. Mas, se tiver de passar sem um, que seja a estratégia". Gen. Norman
Schwarzkopf.
Para ler: Transformando
suor em ouro, de Bernardinho.
Twitter: @jsantana61
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