Jornal da Cidade
Revista da Cidade
#Business
10/03/2013
Há
muito nutro especial interesse pelo turismo enquanto atividade de grande
potencial dinamizador da economia e passei a compreender melhor esse segmento a
partir de muitas conversas com empresários, leitura de estudos, exame de
pesquisas e, sobretudo, pelo privilégio que tive de conduzir a política pública
do turismo do governo de Sergipe no biênio 2009/2010, quando a Setur foi
incorporada à Sedetec, da qual era titular.
É bem verdade que
Sergipe (ainda) não é um dos mais importantes polos turísticos do Nordeste
brasileiro, mas é igualmente verdade que nosso turismo vem se consolidando a
partir de inegáveis esforços dos últimos governos e do próprio trade turístico.
Por outro lado, ainda são muitos os desafios a serem vencidos e a estratégia de
governo de investir em infraestrutura e em promoção para consolidar os
principais destinos turísticos do Estado (Aracaju, litoral sul, Xingó e litoral
norte) vem dando certo. A nosso desfavor, atua a caótica e desregulada aviação
civil brasileira, que nos impõe horários inconvenientes e preços extorsivos.
Uma das lacunas,
contudo, que continuam sem merecer a necessária atenção é o turismo de eventos
que, desde sempre e inexplicavelmente, vem sendo secundarizado tanto pelos
governos, quanto pelo próprio trade turístico. Parece não restar dúvidas quanto
a sua priorização e as razões são muitas: o turista de eventos gasta mais do
que o de lazer; a hotelaria e os demais elos da extensa cadeia produtiva do
turismo se beneficiam dos eventos que acontecem em baixas estações; o turista
de eventos, bem trabalhado, tende a se tornar um turista de lazer etc, etc,
etc.
Para alavancar
essa modalidade de turismo, o maior desafio continua sendo superar as
limitações do Centro de Convenções de Sergipe (CCS). Adepto da filosofia
popular de que o ótimo é o inimigo do bom, e ciente das dificuldades de captar
no mínimo R$ 100 milhões para construir um novo, discuti com representantes do
trade turístico e concluímos que a reforma com ampliação do CCS é viável e de
baixo custo relativo (cerca de R$ 20 milhões), sem prejuízo da construção
posterior de um novo centro de convenções, até porque não há qualquer restrição
a termos dois, complementares, um médio e um grande.
Oportunamente, o empresário do
segmento de eventos e presidente da Associação Comercial e Empresarial de
Sergipe, Alexandre Porto, vem insistindo junto ao governo e aos deputados
estaduais para a inclusão da reforma do CCS na matriz de investimentos do
Proinveste. Se neste programa de investimentos não for possível, que se busque
outro, mas o fato é que Sergipe, que já conta com oferta hoteleira à altura,
não pode continuar sem condições de receber eventos de médio porte pela falta
de um equipamento indispensável como um centro de convenções.
Para refletir: "O que se pode acrescentar à felicidade de um homem que tem
saúde, não tem dívidas e está com a consciência tranquila?" -- Adam
Smith
Para ler: www.turismo.gov.br
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